24 de agosto de 2015

Tudo sobre a revelação de -A e a polêmica por trás disso

Já faz mais de uma semana que o último episódio da 6A de Pretty Little Liars foi ao ar, mais uma semana que descobrimos quem é -A, e mais de uma semana que estou planejando essa postagem, mas resolvi adiar um pouco, já que há sempre aquele pessoal que acha que só porque ele ainda não viu o episódio, ninguém tem direito de comentar sobre.
Mas, não é sobre isso que vim falar aqui, e sim sobre uma coisa que, infelizmente, me chamou muita atenção depois da revelação da identidade de -A, que por acaso é Charles, que por acaso é Charlotte, que por acaso é a Cece Drake, que por acaso é transexual.

Charles é o filho mais velho da família Dilaurentis, que sempre se identificou mais com vestidos e coisas de mulher, embora seu pai não aprovasse. (O quão lindinha não foi aquela cena dele brincando de chazinho no quarto da Ali?) Preconceitos, internações, mentiras, lágrimas e sofrimentos depois, ele finalmente pode agir de acordo com seu gênero, e se transformou em Charlotte. A história de como ela se tornou -A e todo o resto não vem ao caso aqui, mas sim a reação preconceituosa dos "fãs", que me chocou muito, até mesmo porque há gente que diz que vai parar de assistira série simplesmente porque a personagem é transexual.

Querem que piore? Os fãs americanos estão fazendo um abaixo assinado para que o episódio
"Game Over, Charles", o último da temporada seja regravado, e muitos alegam que o motivo é a transexualidade da personagem.
Agora, eu pergunto à vocês: O quão ridículo isso é?

Tudo bem, muita gente não gostou simplesmente da revelação da Cece ser -A, e não tem nada a ver com a troca de gênero da personagem, mas acreditam que a petição já tem dez mil assinaturas?
Há alguns que digam também, que, por colocar -A, ou seja, a vilã como uma transgênero, estão dizendo que pessoas transexuais são más, outros dizem que é uma forma de preconceito, mas pior que tudo isso, ainda são as brincadeiras de mal gosto.

Ok, tudo bem, existe a clássica zoeira, mas já vi coisas que realmente passaram do limite. Aos que acham que é uma forma de preconceito, ou de dizer que transexuais são pessoas más: Tenham em mente que haviam pensado nisso à no mínimo três anos atrás, antes mesmo de haver essa ampla discussão sobre transexualidade, etc. Além disso, o fato de não ter sido escalada uma atriz transexual para o papel, só diz respeito ao fato de a Cece já ter aparecido na série antes da ideia ser formulada.

Aos que vão parar de assistir a série por causa da transexualidade da personagem, ou algo do tipo: Honestamente, o que há de errado com uma pessoa gay, bissexual ou transexual? Na minha sincera opinião, a única coisa que realmente importa em uma pessoa é o caráter, e se a pessoa em questão não se sente bem como sexo designado à ela, não há nada de errado em mudar isso, simplesmente par que haja mais conforto na vida dela, e algo muito importante: um sorriso. Lembre-se também de que o único motivo da Charlotte ter virado -A, foram os vários fatos decorridos de sua ida para Radley, que por acaso aconteceu em relação ao preconceito de seu pai contra a escolha de seu gênero, portanto, a verdadeira questão não é: "Colocar -A como transexual foi uma forma de dizer que pessoas transexuais são más." E sim: "Alguém já parou para pensar que, de acordo com a história, o preconceito foi uma das razões por transformar -A em -A?", embora a intenção dos produtores e escritores da série ao montar essa história para a vilã não tenha sido essa.

Outra questão que me chamou atenção: -A, mesmo tendo nascido como homem, é sim uma mulher, já que nesses casos, o que vale é como a pesoa se sente, e não o sexo estabelecido pelo seu nascimento. recomendo o episódio para qualquer pessoa, sendo ou não fã da série, simplesmente porque me fez ver a transexualidade de uma forma completamente diferente, mostrando como, após a mudança, isso não significa muita coisa, e Charlotte é sim uma mulher.
Além disso, confesso: Embora -A tenha feito tudo aquilo com as meninas, me emocionei muito com a Charlotte contando a história dela, e, depois da punição, espero mesmo que ela realmente possa viver a vida dela como sempre quis, sem julgamentos e preconceitos

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